Estudantes Brasileiros são Premiados na OLAA e na IOAA


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (12/11) no site www.comciencia.br da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) destacando os resultados alcançados por estudantes brasileiros na III Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA, na sigla em Inglês) e na I Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA).

Duda Falcão

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Melhor Resultado Brasileiro na História da Olimpíada Internacional de Astronomia

Por Bruno L’Astorina
12/11/2009


O Brasil conseguiu, este ano, seu melhor resultado em olimpíadas internacionais de astronomia. A equipe brasileira retornou com todos os seus cinco estudantes premiados da III Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA, na sigla em inglês), que aconteceu entre 17 e 26 de outubro passado na capital do Irã, Teerã. Hugo Araújo e Daniel Soares, do Rio de Janeiro, Leonardo Stedile, de São Paulo, voltaram com medalhas de prata; Thiago Hallak, também de São Paulo, com bronze; e Otávio Menezes, de Porto Alegre, recebeu menção honrosa. Além disso, um dos medalhistas de prata (Daniel), recebeu também o prêmio especial de melhor prova observacional. A equipe que viajou para Teerã foi liderada por Thaís Mothé Diniz, professora do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A IOAA é, como a maior parte das olimpíadas de conhecimento, feita para estudantes de ensino médio, que participam das suas correspondentes nacionais. No caso da área de astronomia, os estudantes são selecionados a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Neste ano participaram da OBA cerca de 870 mil alunos, distribuídos em 10.500 escolas. Cerca de 10% desse número são estudantes de ensino médio, grupo do qual são selecionados estudantes para a equipe. De todos os estudantes de ensino médio, cerca de 100 vão para um curso semi-presencial, ministrado por ex-participantes da olimpíada, durante oito meses. A partir daí, há uma ou duas provas de seleção para então definer-se os cinco que vão para do evento internacional, assim como da edição latino-americana.

As provas consistiram em avaliação teórica, análise de dados, e observação direta do céu. Cada prova é preparada por um comitê acadêmico local (professores e estudantes de universidades e centros de pesquisa), para depois serem discutidas, moderadas e traduzidas pelo corpo dos líderes de cada país. Os conteúdos cobrados abordavam assuntos diversos de astronomia fundamental, mecânica celeste, astrofísica e cosmologia, além de conhecimentos e habilidades básicas em física, matemática, e estatística, bem como familiaridade com o céu noturno. Neste último quesito, a prova costuma ser ligeiramente desvantajosa para o Brasil, já que a maior parte dos locais-sede se situam no hemisfério norte. Ainda assim, o treinamento do time foi considerado bem sucedido, a ponto de um dos estudantes ter obtido o prêmio especial de melhor prova observacional.

Outros cinco estudantes brasileiros, selecionados segundo o mesmo processo, participaram da primeira Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), que aconteceu entre 12 e 17 de outubro, no Rio de Janeiro. Nesse evento, também, os cinco estudantes foram premiados: duas medalhas duas medalhas de ouro (Catarina Neves, da cidade de São Paulo, e Rafael Tafarello, de Valinhos-SP), duas de prata (Isabela Nobre, de Maceió-AL, e Tiago Gimenes, de Santo André-SP), e uma de bronze (Leonardo Papais, de Suzano-SP). A OLAA tem apontado algumas direções novas interessantes. Esse ano, na sua primeira edição, a OLAA criou uma prova a ser realizada em trios, com a regra de os três estudantes de cada trio deveriam ser de países diferentes. Com isso, esperava-se reforçar a ideia de cooperação e trabalho em equipe transcendendo as fronteiras de países e dos círculos mais próximos de contato.

A OBA, bem como a participação brasileira na IOAA e na OLAA, são de responsabilidade da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). A verba para treinamento e participação dos estudantes brasileiros em olimpíadas internacionais vem, junto com a verba geral destinada à olimpíada de astronomia - a olimpíada brasileira existe desde 1998 - principalmente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A IOAA, de organização independente e colegiada entre os países participantes, é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) e agora busca o reconhecimento da Unesco.

A IV IOAA será realizada em setembro de 2010, em Beijing, China. A II OLAA acontecerá no segundo semestre de 2010, na Colômbia.


Fonte: Site www.comciencia.com.br da SBPC

Comentário: Esta é mais uma comprovação de que esse país pode sim, basta competência e seriedade. O futuro da Sociedade Brasileira dependerá das ações que forem tomadas pelos jovens de hoje, portanto se foi feito com visão, competência, dedicação e seriedade, os mesmo estarão contribuindo para uma sociedade mais justa, e não resta dúvida que a educação de qualidade é o grande pilar para tudo isto. O blog aproveita para parabenizar a galerinha premiada no Irã e no Rio de Janeiro.

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