Satélite SCD-1 Completa 17 Anos no Espaço


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (09/02) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o satélite brasileiro SCD-1 completou hoje 17 anos no espaço.

Duda Falcão

Primeiro Satélite Brasileiro Completa 17 Anos em Operação

09/02/2010

Primeiro satélite projetado, construído e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o SCD-1 completa 17 anos em órbita neste dia 9 de fevereiro. Quando lançado pelo foguete norte-americano Pegasus, em 1993, a expectativa era de apenas um ano de vida útil. Contudo, o SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados) se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações.

O lançamento do SCD-1 foi o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro, que consiste em uma rede de satélites em órbita baixa que retransmite as informações ambientais recebidas de um grande número de plataformas de coleta de dados espalhadas pelo território nacional. Atualmente, o Sistema de Coleta de Dados é composto pelos satélites SCD-1, SCD-2 (lançado em 1998), e CBERS-2B (2007), sendo que suas informações são distribuídas a diversas instituições no Brasil e no exterior.

O satélite capta e retransmite os sinais das plataformas para a estação de recepção e processamento do INPE em Cuiabá (MT) e depois os dados são transmitidos para a unidade de Cachoeira Paulista (SP), onde ficam à disposição das empresas e instituições usuárias do sistema. Os dados coletados pelo satélite SCD-1 são utilizados em diversas aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, planejamento agrícola, entre outras. Uma aplicação de grande relevância é o monitoramento das bacias hidrográficas, que fornecem dados fluviométricos e pluviométricos.

Os dados estão disponíveis no endereço: http://satelite.cptec.inpe.br/PCD/


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Fruto de uma razoavelmente condução administrativa do PEB a época da antiga “MECB - Missão Espacial Completa Brasileira” (pelo menos na área de satélites), o SCD-1 fazia parte de uma esquadra planejada de quatro satélites que desses só mesmo ele e o SCD-2 foram desenvolvidos (O SCD-2A não fazia parte do planejamento inicial) e os outros dois não (os SSR-1 e SSR-2). Infelizmente, após a mudança de objetivos com a criação do PNAE devido à falta de foco, a falta de recursos financeiros e humanos adequados, de apoio político e por sucessivas más gestões do programa, não foi dada a seqüência que se esperava para o continuo aprendizado de como se fazer satélites no país. Com exceção do Programa CBERS, esse sim bem sucedido, apesar de vários projetos terem surgidos nenhum deles até o momento obteve qualquer sucesso. Devido a isso se deve olhar os 17 anos de funcionamento do SCD-1 no espaço como um marco da alta competência e qualificação profissional dos pesquisadores do INPE que a época participaram do desenvolvimento do mesmo. Bem diferente do que se pode dizer dos gestores e dos governos que militaram e ainda militam nos bastidores do programa após a era MECB.

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