Oi Negocia com o Governo Parceria em Satélite Militar

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada dia (27/06) no jornal “Folha de São Paulo” destacando que a empresa OI negocia com o governo uma parceria para o desenvolvimento de um satélite de uso comercial e militar.

Duda Falcão

Oi Negocia com o Governo Parceria em Satélite Militar

Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado

é de R$ 710 mi. Planalto vê negociação com bons olhos

pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações

ELVIRA LOBATO, do Rio

VALDO CRUZ, de Brasília

Folha de São Paulo

27/06/2010

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).

O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.

De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.

Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.

Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.

Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.

Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.

Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.

Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.

"O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.

A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.

A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 27/06/2010

Comentário: A idéia em nossa opinião parece boa, no entanto para que seja o caminho correto a ser seguido pelo governo o mesmo deve consultar as forças armadas e tomar a decisão indicada pelas armas e não tomar uma decisão político financeira, já que a importância desse satélite é crucial para segurança do país. No entanto, o prazo de dois anos e meio estimado pela matéria para o desenvolvimento do satélite não nos parece algo possível de ser alcançado em se levando em conta como as coisas são feitas no Brasil, mesmo que o satélite fosse desenvolvido integralmente em outro país, já que o mesmo dependeria da liberação da verba numa cronologia irreal para o setor público brasileiro. Vamos aguardar os acontecimentos.

Comentários

  1. Hummmm, não sei se a OI é 100% brasileira.Já tó com medo. Os militares devem ser ouvidos primeiro.

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  2. Pois é Ricardo,

    É o que eu acho também. A decisão tem de ser das forças armadas, pois a segurança nacional está acima de tudo.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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