Primeiro Vôo do Cyclone 4: 2012 ou 2014?

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (12/09) no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski destacando que é ainda incerta a data de lançamento do primeiro foguete Cyclone-4.

Duda Falcão

Primeiro Vôo do Cyclone 4: 2012 ou 2014?

12/09/2010

Parece que ainda não consenso sobre a data do primeiro lançamento do foguete Cyclone 4 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

Conforme noticiamos na último dia 11, a informação divulgada pela Alcântara Cyclone Space (ACS) é categórica: o primeiro voo do lançador ucraniano ocorrerá em fevereiro de 2012. Nesse sentido, em seu discurso, Oleksander Serdyuk, o mais alto dirigente da Ucrânia na binacional, afirmou: "Prometemos que a nossa empresa vai cumprir os prazos colocados pelos governos do Brasil e Ucrânia, e no início de 2012, os senhores serão todos testemunhas do lançamento do foguete Cyclone 4 a partir de terras brasileiras".

No entanto, em nota divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 10 de setembro, afirma-se que "ainda não há previsão de quando será lançado o primeiro foguete Cyclone-4. A intenção é que isso se dê até 2014."

De fato, segundo informações que chegaram ao conhecimento do blog, nos bastidores, inclusive dentro da própria ACS, há quem trabalhe com o cenário do primeiro voo por volta de 2014. O "gargalo", no entanto, não estaria necessariamente do lado brasileiro, que tem sido devidamente capitalizado, mas sim no ucraniano.

Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski

Comentário: Pois é leitor, como você pode notar, ninguém se entende nessa mal engenhada empresa. É tanto disse me disse, tanta cag... , problema em cima de problema (e ainda virão outros bem maiores, estejam certos disso) que se fosse uma empresa privada já teria deixado de existir. Para piorar as coisas, um estudo da Euroconsult divulgado no início deste mês aponta que no setor dos satélites geoestacionários (onde o Cyclone-4 atuará) o avanço tecnológico permitirá a construção de modelos com maior capacidade, permitindo assim que os operadores venham expandir a oferta de serviços com um número menor de satélites. Portanto, estes satélites serão maiores, direcionando assim o tamanho e a performance dos veículos lançadores. Assim sendo, esta avaliação corrobora com algumas opiniões de que o lançador ucraniano Cyclone 4 dificilmente obterá fatia considerável do mercado de lançamentos de satélites geoestacionários. Espero que os otimistas de plantão estejam certos quanto à mudança das coisas neste país (o que sinceramente não acredito) e que caso essas projeções contrarias a essa mal engenhada empresa venham se concretizar, que pelo menos os responsáveis venham responder judicialmente por isso.

Comentários

  1. Não sabia que esta parceria com a Ucrânia estava tão enrolada. Eu tinha lido uma notícia (http://bit.ly/9L9CJc) informando que o 1º lançamento talvez se desse já em 2010, mas pelo jeito não vai dar não, né? Me interessei por este assunto recentemente, fiz umas pesquisas, postei no meu blog sobre os satélites (http://bit.ly/929XiU) e agora acabei descobrindo seu blog. Pô, parabéns, cara! Muito bom mesmo. Pelo visto, temos que ficar constantemente atualizando nossas informações nesta área, pois de repente eles mudam as datas e prazos. Pena que o Brasil esteja ainda andando a passos de tartaruga no desenvolvimento destas tecnologias do espaço.
    O que mais admirei em seu blog são seus comentários bem esclarecedores, no final de cada postagem. Vou frequentar sempre este espaço, que você gentilmente proporciona aos que querem se manter bem informados sobre estes assuntos.
    Abraço

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  2. Olá Jairo!

    Seja bem vindo ao blog amigo e obrigado pelas suas palavras de incentivo e apoio ao meu trabalho. O Programa Espacial Brasileiro (PEB) é um programa de suma importância para o nosso país que é um verdadeiro gigante continental. No entanto, o mesmo é tratado pelo governo como moeda de compensação política, como no caso dessa mal engenhada empresa ACS e como algo sem a importância devida, como no caso do verdadeiro PEB que são os programas em desenvolvimento no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No entanto Jairo, os homens passam e as instituições permanecem. Assim sendo, continuo acreditando que algum dia isso irá mudar.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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