IEAv Desenvolve 1ª Bomba Eletromagnética Brasileira

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota publicada hoje (21/09) no site do “Instituto de Estudos Avançados (IEAv)” destacando que este instituto já possui a tecnologia para o “Controle de Vazão de Metais Líquidos em Terra e no Espaço”.

Duda Falcão

O IEAv Já Possui a Tecnologia para
o Controle de Vazão de Metais
Líquidos em Terra e no Espaço

Dr. Eduardo Madeira Borges
Chefe da Subdivisão de Transferência de Calor e Materiais do IEAv
21/07/2011

O desenvolvimento de bombas eletromagnéticas iniciou-se em 1988, sob a coordenação do Dr. Eduardo Madeira Borges, com a participação de pesquisadores da Divisão de Energia Nuclear e da Divisão de Física Aplicada, e técnicos da Divisão de Suporte Tecnológico do Instituto de Estudos Avançados - IEAv, no âmbito do Projeto de Reatores Espaciais, com a implantação de um laboratório para manuseio de mercúrio (o único metal líquido a temperatura ambiente), selecionado como fluido de trabalho a ser utilizado nas experiências. Projetaram-se e ensaiaram-se as duas primeiras bombas eletromagnéticas brasileiras de corrente contínua, uma com magneto tipo “C” e bobinas (Figura) e outra com imãs permanentes de samário -cobalto (para a geração de campo magnético). Ambas tiveram desempenho satisfatório no controle do escoamento de mercúrio líquido, nos circuitos experimentais desenvolvidos.

Foram avaliados todos os parâmetros de interesse, permitindo a validação de programas computacionais desenvolvidos no IEAv. O IEAv está capacitado a projetar e desenvolver bombas eletromagnéticas para o controle de vazão de metais líquidos em terra e no espaço.


Figura : Primeira bomba eletromagnética brasileira, em operação.
Nota-se mercúrio escoando no tubo de vidro, vertical à esquerda

As bombas eletromagnéticas utilizam o princípio de Faraday, no qual a interação de corrente elétrica e campo magnético geram a força, que produz a vazão do líquido. Bombas eletromagnéticas não têm partes móveis, são completamente seladas, apresentam alta confiabilidade e permitem o uso de metal líquido radioativo à alta temperatura. Estas características as tornam interessantes para utilização em reatores nucleares rápidos terrestres e espaciais.


Fonte: Site do Instituto de Estudos Avançados (IEAv)

Comentário: Muito boa notícia, pois demonstra que o IEAv (apesar das dificuldades) está antenado com a tendência de buscar tecnologias mais eficientes para serem aplicadas na área espacial, mesmo o Brasil não tendo grande planos para o seu programa espacial.

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