Paulista Faz Engenharia Aeroespacial na Rússia e Quer se Tornar Astronauta

Olá leitor!

Abaixo uma matéria postada ontem (13/09) no site “G1” do globo.com, dando destaque a uma jovem Engenheira Aeroespacial paulista,  que quer se tornar astronauta.

Duda Falcão

EDUCAÇÃO

Paulista Faz Engenharia Aeroespacial na
Rússia e Quer se Tornar Astronauta

Nadia Del Corto Baradel, de 27 anos, morava em Ribeirão Pires, no ABC.
Brasileira trabalha em um programa espacial na Lituânia.

Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
13/09/2013 06h59
Atualizado em 13/09/2013 09h07

(Foto: Arquivo pessoal/Nadia Del Corto Baradel)
Nadia Del Corto Baradel na Cidade das Estrelas, em Moscou,
área militar onde são treinados os astronautas
antes de irem para o espaço

Foi para a Rússia, a terra da cachorra Laika e do astronauta Yuri Gagarin, primeiros seres vivos a chegarem ao espaço, que a brasileira Nadia Del Corto Baradel, de 27 anos, se mudou para estudar engenharia aeroespacial. Deixou a 'vida caipira' como ela define, em Ribeirão Pires, no ABC, venceu barreiras como idioma, baixas temperaturas e saudade de casa, e em junho deste ano defendeu o mestrado na mesma instituição em que se graduou, o Instituto de Aviação de Moscou.

Sem intenção de voltar para o Brasil, depois de sete anos na Rússia, Nadia se mudou para Lituânia para trabalhar em um programa espacial. Porém, seus próximos planos têm um endereço que a fascina desde muito tempo: o espaço. Agora ela quer se tornar astronauta.

A especialidade da jovem é a construção de veículos espaciais e foguetes de grande porte. Ela explica que os foguetes têm a função de levar bombas e satélites para astronautas que estão em órbita, como se fosse um ônibus. "É um meio de locomoção que leva o que chamamos em português de carga útil."

“Para fazer parte de algum
programa aeroespacial e me tornar
astronauta tenho de trabalhar muito.
Muitos cosmonautas se formaram no
instituto onde estudei, dois deles, inclusive,
estão no espaço agora mesmo"

Nadia Del Corto Baradel, engenheira aeroespacial

Em 2011, como trabalho de conclusão de curso na graduação, Nadia criou um microsatélite capaz de estudar a atividade solar, que influência a vida na Terra e o trabalho dos astronautas nas estações espaciais. "O interessante deste satélite é o meio por qual se movimenta, por 'velas solares', como se fosse uma propulsão ecológica e barata."

O trabalho rendeu a brasileira várias premiações, entre elas, a de melhor inventor de Moscou em março deste ano e o primeiro lugar no concurso de projetos inovadores da Câmara do Comércio da Federação Russa.

Depois de conquistar os diplomas de graduação e mestrado, Nadia quer chegar à Estação Espacial Internacional (ISS), um laboratório onde são feitas pesquisas e experimentos, para trabalhar em programas governamentais. Mas ela sabe que para chegar lá precisa enfrentar uma longa jornada.

"Para fazer parte de algum programa aeroespacial e me tornar astronauta tenho de trabalhar muito. Muitos cosmonautas se formaram no instituto onde estudei, dois deles, inclusive, estão no espaço agora mesmo. Preciso de boa experiência de trabalho e muito profissionalismo", afirma. "O Brasil não tem uma participação tão ativa na EEI como a Rússia ou os Estados Unidos, e como sou brasileira, só posso fazer parte de algum programa espacial do meu país, nenhum outro me aceitaria.”

(Foto: Arquivo pessoal)
Nadia Del Corto Baradel em frente ao
Instituto de Aviação de Moscou.
A brasileira nascida em São Bernardo do Campo não sabe dizer bem por que escolheu estudar engenharia espacial. "Toda vez que me perguntam tenho dificuldade para responder. Sempre gostei de aviação e minha mãe tem um primo que desde o 14 anos serviu a aeronáutica. Sempre fui fã dele." Nadia diz que em 2006, quando foi para Rússia ainda não havia o curso de engenharia aeroespacial no Brasil – criado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 2010. 

Para embarcar, Nadia teve de convencer o pai Donizeti Antonio Baradel, desenhista e projetista, que não tinha simpatia pela ideia de ela deixar o país para estudar. A mãe Irani Del Corto não se opôs, pois achava que a filha tinha habilidade para aprender idiomas e seria uma boa experiência, mas não a via como engenheira - muito menos aeroespacial.

Longe da família, a brasileira diz que teve anos difíceis na Rússia, mas não os trocam por nada. "Não acredito que tenha existido uma maior dificuldade. É como uma bola de neve, um probleminha atrás do outro: saudade dos amigos, o custo de vida em Moscou, uma cidade muito cara, a dificuldade do idioma. Quando não se sabe falar russo é muito difícil encontrar alguém que ajude."

Com o rigor do inverno, Nadia logo se acostumou. "Aprendi que não existe 'frio ruim', existe 'roupa ruim', assim dizem os russos. Alimentação também conta muito, mas encarar uma temperatura de - 35°C não é brincadeira.” A jovem não convive com brasileiros, por isso hoje, depois de sete anos, considera que fala melhor russo do que português. "Falo português só com meus pais pela internet.”

A jovem diz que tentou algumas oportunidades profissionais no Brasil, mas não teve nenhuma resposta concreta. "Na dúvida, resolvi ficar por aqui."

(Foto: Arquivo pessoal)
Nadia com a estátua de Yuri Gagarin, primeiro
homem a viajar para o espaço.
(Foto: Arquivo pessoal)
Cápsula de preparação aos astronautas
na Cidade das Estrelas.


Fonte: Site G1 do globo.com

Comentário: Pois é leitor, essa jovem é mais um talento que se foi por conta da desastrosa forma como é conduzido o nosso PEB desde o Governo Fernando Collor. Mas fazer o que? BRA ZIL ZIL ZIL ZIL. Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor DanielSSM pelo envio dessa notícia.

Comentários

  1. o jeito é lançar essa menina a bordo do cyclone 4 para bem longe daqui....

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