Desenvolvimento do Projeto VLM-1 é Tema de Reunião na AEB

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (28/02) no site da “Agência do VLM-1 foi tema de reunião na AEB.

Duda Falcão

Desenvolvimento do Projeto VLM
é Tema de Reunião na AEB

Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)


Brasília, 28 de fevereiro de 2014 Diversos aspectos do projeto e das fases de desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) foram discutidos nesta sexta-feira (28) em reunião realizada na Agência Espacial Brasileira (AEB).

O encontro, com a participação de dirigentes da Agência, de representantes do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCTA), do Comando da Aeronáutica, e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), ambos em São José dos Campos (SP), serviu também para ajustar pontos a serem debatidos com técnicos da Agência Espacial Alemã (DRL), parceira no desenvolvimento do projeto, em reunião a ser agendada para março próximo.

O projeto VLM visa ao desenvolvimento de um foguete destinado ao lançamento de cargas úteis especiais ou microssatélites, de até 150 kg, em órbitas equatoriais e polares ou de reentrada. Em sua configuração básica é formado de três estágios, dois com o motor S50, com cerca de dez toneladas de propelente e um estágio orbitalizador com o motor S44.

Outras configurações do veículo empregarão um quarto estágio em propelente sólido ou líquido e uma versão triestágio com motor de apogeu em propelente líquido. Alemanha e Brasil estudam a possibilidade de utilizar o lançador para transportar o veículo alemão Shefex 3 em uma trajetória de reentrada na atmosfera terrestre em 2015.

Da reunião liderada pelo presidente da AEB, José Raimundo Coelho, participaram o diretor de Administração, José Iram Mota Barbosa, o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Petrônio Noronha de Souza, o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Carlos Alberto Gurgel, e os coordenadores Francisco Cleodato Porto Coelho, Jean Robert Batana Pires Ferreira e Ricardo Douglas Baia Lira.

Pela Aeronáutica compareceram o Tenente Brigadeiro Gerson Nogueira Machado de Oliveira, diretor geral do DCTA, o Brigadeiro Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel, diretor do IAE, o Major Brigadeiro Alvani Adão da Silva, vice-diretor do DCTA, o Brigadeiro Leonardo Magalhães Nunes da Silva, o Coronel Avelino Santana Júnior, e o engenheiro Luiz Eduardo Vergueiro Loures da Costa, do IAE.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Tenho certeza de que o Dr. Luiz Loures e todos militares que compareceram a sede da AEB em Brasília para participarem dessa reunião foram com intuito de resolver dificuldades que atrapalham o desenvolvimento desse veículo lançador. Entretanto, duas coisas me chamaram a atenção na nota acima. A primeira delas foi quando o autor da nota diz: “O encontro, com a participação de dirigentes da Agência, de representantes do DCTA, do Comando da Aeronáutica, e do IAE, ambos em São José dos Campos (SP), serviu também para ajustar pontos a serem debatidos com técnicos da Agência Espacial Alemã (DRL), parceira no desenvolvimento do projeto, em reunião a ser agendada para março próximo”. Hummmm, que pontos seriam esses? Técnicos? A Agência não teria competência para isso e os mesmo já foram definidos pelo IAE/DLR. Políticos? Pode ser. Será que essa reunião foi realizada para orientar os militares e técnicos do DCTA/IAE como lidar na reunião agendada com os alemães com a possível insatisfação alemã devido aos constantes atrasos do projeto? Hummmmm, pode ser. Já a segunda delas foi quando o autor da nota diz: “Alemanha e Brasil estudam a possibilidade de utilizar o lançador para transportar o veículo alemão Shefex 3 em uma trajetória de reentrada na atmosfera terrestre em 2015.”. Bom leitor, na realidade Brasil e Alemanha não estudam coisíssima nenhuma esta possibilidade, já que na verdade é algo já decidido e foi justamente o interesse dos alemães pelo lançamento do VLS-1/SHEFEI 3 que motivou o resgate desse projeto VLM que já se encontrava engavetado pelo IAE. Hummmm, será que tem procedência a desconfiança que tenho de que os alemães desistiram de lançar o SHEFEX 3 do Brasil através do VLM-1? Se assim  for, será mais um duríssimo golpe em nosso Programa Espacial de Brinquedo (PEB) sob a liderança dessa presidentA petista debiloide. Seja como for, creio que a verdade deverá aparecer em breve, já que o DLR participa de diversos eventos aeroespacias através do mundo onde apresenta costumeiramente o andamento do Projeto SHEFEX.

Comentários

  1. Não sei o que os demais leitores desse blog pensam a respeito, mas uma coisa que tem me preocupado é essa crise sem precedentes na Ucrânia, onde os Russos estão dispostos a não ceder, e nem sabemos qual será o desfecho, mas quais as implicações ao acordo da ACS. Será que a sede da empresa que está produzindo o CICLONE 4 fica na Crimeia onde os Russos já ocuparam militarmente?

    Abç a todos.

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  2. Interessante questão Leo, a Ucrânia está em estado de guerra civil, se não, uma guerra com a Russia, o que pode levar até a uma intervenção militar maior na região envolvendo paises europeus e até os xeretas americanos (que necessitam dos russos para envio de seus astronautas na ISS).

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  3. Relativamente ao VLM, espero que nao venham dai mas noticias, e que se foquem na importancia estrategica que tera esse lancador no mundo. Vamos aguardar para ver no que da essa reuniao com os alemaes.

    Quanto a questao da Ucrania, colocada pelo leo, alguem ainda tem duvida que o PT fez o acordo com a ACS porque a empresa eh oriunda de um pais que ateh a pouco tempo tinha relacoes estreitas com a Russia (e logo com o eurasianismo, que eh um novo codinome para a influencia do velho regime falido comunista naquela zona). Obviamente o contrato com a ACS nao sera o mesmo visto que boa parte da trajetoria estava relacionada com acordos politicos, e o PT tem procurado a influencia de paises ex-comunistas (e outros que ainda o sao) para criar no Brasil aquela aura populista que todos nos ja conhecemos.

    Vieram boas noticias da Ucrania, e espero que agora a influencia socialista por esse lado seja cortada e que se de prioriedade no pais ao que realmente importa no programa espacial, o nosso proprio desenvolvimento nacional que ateh agora tem sido arrastado e realizado com muita dificuldade devido a intereses da "internacional" petista.

    Se os russos ocuparem a Crimeia entao o acordo com a ACS continuara como se nada tivesse acontecido, mas se tal nao acontecer creio que isso prejudicara os planos dessa gente.

    Retivamente aos fato dos americanos recorrerem ao programa espacial Russo para enviar homens ao espaco, nao devemos esquecer que por la a iniciativa privada comecou a enviar de forma muito mais barata, algumas capsulas para o espaco. Em caso de desacordo o pais mais afetado seria a propria Russia, que ja ganha milhoes ao enviar astronautas, sem contar que tem acordo com os paises europeus tambem, e nao vai querer perder sua vantagem comercial. Os europeus e os americanos podem voltar a ser independentes o suficiente para lancarem seus proprios astronautas se quiserem, e nao precisam da russia para isso. A Russia eh que teria que pensar muito bem antes de querer perder vantagens.

    Nessas alturas ninguem critica os EUA e ateh pedem uma maozinha. E nesse caso eles estao certos de meterem o dedo, porque o que vem la da Russia mostrou que estava inibindo a liberdade dos proprios Ucranianos. E nossa presidentA aqui, depois da trapalhada onde disse que a Venezuela nao era uma Ucrania, tentou disfarcar o seu desprazer ao ver que as coisas nao estaoo indo como planeado no mundinho em que ela se identifica, o mundinho anti-republicano.

    Espero que esssas situacoes inspirem os brasileiros, e sabemos que as eleicoes na Russia, Venezuela, e Brasil sao totalmente manipuladas e por isso nao devemos cair na conversinha dessa gente quando dizem que "o povo elegeu democraticamente seus lideres", pois sabemos pelos ultimos eventos aqui no Brasil que todo o qualquer orgao governamental tem sido emparelhado pelo partido que atualmente se encontra no poder. Vergonha tentar implantar no Brasil uma coisa que a maioria da populacao nao quer, dona Dilma, e ainda por cima precisa de recorrer a metodos subversivos e inconstitucionais para o fazer. Espero que um pouco dessa chuva anti-socialista chegue ateh no Brasil, porque aqui a coisa tambem esta brava.

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  4. Não gostaria de fugir ao foco do blog, e costumo destilar minha acidez política da forma mais breve possível, no entanto gostaria de manifestar algumas lembranças:
    - Não existem "bons moços" em nenhum dos lados dessa história da Ucrânia. Bastou o "reizinho" de lá ser expulso que viram o que tinha no castelo dele. É amiguinho do Putin, que deve ter o seu castelo lá na Rússia. São países de castas, governados por ditadores populistas assim como o nosso.
    - Não existe nada de bom para o Brasil no acordo com a Ucrânia hoje em dia. Com essa crise, talvez alguns bons técnicos e cientistas de lá resolvam se mudar para cá, o que em outras circunstâncias talvez pudesse ajudar o nosso programa espacial, se tivéssemos algo que se pudesse chamar de “programa espacial”.
    - Um país com as instituições mal redigidas e falidas como o nosso onde se a nossa PresidentA for reeleita vai indicar mais 5 (cinco) ministros do STF, que deveria ser um poder independente, não pode em nenhuma hipótese ser considerado uma democracia. Portanto, acordem !!! O Brasil de hoje NÃO é um país democrático ponto.
    - O Brasil não definiu até hoje, de que lado está (e me parece ainda longe disso). Não precisa pensar muito para constatar que o Mundo continua dividido em dois grandes blocos, e o Brasil, com esse "governo", continua flertando com o lado dos ditadores socialistas, sendo ele próprio um deles, sem no entanto admitir.
    - Eu, sempre fui fan do projeto do VLM, mais inclusive que do VLS, pois sempre o julguei mais viável, tanto técnica quanto principalmente comercialmente. Para mim, ele é o único projeto de lançador ainda usando essa tecnologia de combustível sólido que teria uma boa chance de ser vendido como uma solução comercialmente viável para o lançamento de pequenos satélites em grupo.
    - Finalmente, por tudo que já foi discutido nesse e em outros posts, eu estou cada vez mais desiludido. Como bem disse o Duda, o mais provável é que a Alemanha desista do projeto (se é que já não desistiu). Pois ninguém tem paciência eterna. Ninguém vai tratar de projetos científicos desse porte com países que não são sérios, e convenhamos, o Brasil tem dado mostras constantemente de que NÃO é um país sério.

    Eu continuo afirmando: para que algo sério apareça em âmbito governamental por aqui, sera necessária uma reforma das instituições de tal ordem que acho muito difícil. Falando bem claramente, no mínimo uma outra constituinte que fizesse direito dessa vez, o que com o “status quo” político/jurídico atual também é difícil, então eu continuo por aqui, mais interessado nas iniciativas privadas, que no meu ponto de vista são as únicas iniciativas sérias que nos restam. Salvo é claro as raras exceções que só comprovam a regra.

    Abs.

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  5. Acompanho o programa espacial brasileiro desde meus dezesseis anos. Hoje estou com 38. Não seu se em minha vida ainda verei um foguete lançando satélites a partir do Brasil :`(

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