Céu Limpo Favorece Observação Astronômica de Junho a Agosto

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (11/05) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que segundo Flávia Requeijo, astrônoma e bolsista do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) do Rio de Janeiro, o Céu Limpo vai favorecer a observação astronômica de Junho a Agosto.

Duda Falcão

Céu Limpo Favorece Observação
Astronômica de Junho a Agosto

Ascom do Mast


Brasília, 11 de junho de 2014 – Com a chegada do inverno, os meses de junho, julho e agosto são maiores as possibilidades de noites estreladas no Hemisfério Sul. Assim, segundo a astrônoma e bolsista do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) do Rio de Janeiro, Flávia Requeijo, quase todos os planetas do Sistema Solar estarão visíveis no céu a olho nu nesse período.

Nesses meses, quem for ao MAST, poderá observar Marte, Júpiter e Saturno com os equipamentos do museu, além de outras atrações interessantes no céu, como aglomerados de estrelas e nebulosas.

O clima mais seco desta parte do ano propicia a que o céu fique livre de nuvens que dificultam a observação dos astros. Além disso, no inverno, por estar mais longe da linha do Equador, o Sol se põe mais cedo e a aurora ocorre mais tarde, tornando as noites mais longas. Esses fatores fazem da estação a época perfeita para a observação do céu.

Os planetas “interiores” (Mercúrio e Vênus) podemos ser vistos a oeste, após o pôr do Sol, e a leste, algum tempo antes de ele nascer, explica Flávia. Entre os “exteriores”, Marte, Júpiter e Saturno podem ser observados a qualquer hora da noite. Júpiter, em particular, estará a oeste, cada vez mais próximo do horizonte, até que por volta do dia 14 de julho desaparecerá completamente, surgindo novamente a leste, depois de 10 de agosto.

Desde a sua inauguração, o MAST oferece ao público a oportunidade de olhar o céu através da luneta centenária e de telescópios especiais. Em 1985, foi criado o Programa de Observação do Céu (POC), que viabilizou o acesso da população à Luneta 21, um equipamento de grande porte adquirido pelo Observatório Nacional (ON) em 1910.

O programa disponibiliza também equipamentos menores e mais modernos, mas de potência semelhante. Hoje, o POC ocorre as quartas e sábados das 18h às 20h. Visando orientar os visitantes sobre o que eles observarão, uma rápida palestra sobre o Céu do mês é apresentada às 17h30, nos dias de observação.

Inverno – Em junho, ocorre o solstício de inverno para o hemisfério sul, isto é, o início do nosso inverno. Nessa estação, temos noites mais longas e geralmente mais secas, proporcionando boas oportunidades de observar o céu.

No último dia 7, a Lua passou bem próxima ao planeta Marte. Ambos estiveram separados por menos de dois graus, uma distância visual equivalente a quatro discos lunares ou dois dedos estendidos na direção do céu.

Apesar de parecerem próximos no céu, Marte e Lua estão bem distantes um do outro. A Lua encontra- se a 385 mil quilômetros da Terra enquanto Marte se localiza a 78 milhões de quilômetros de nosso planeta. Nos seus movimentos de revolução – a Lua ao redor da Terra – e Marte ao redor do Sol, há momentos em que Terra, Lua e Marte podem se “alinhar”, e nessas ocasiões os astros são vistos muito próximos no céu, formando o que se chama de conjunção astronômica.

Para apreciar tal fenômeno, não é necessário nenhum instrumento especial. Basta olhar para o céu logo após o pôr do Sol.


Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB) 

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