Anomalia Magnética do Atlântico Sul Se Desloca e Cobre Todo Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (04/10) no site
“Apollo11.com” destacando que a Anomalia
Magnética do Atlântico Sul se desloca e cobre todo Brasil.
Duda Falcão
Editoria: Astronomia
Anomalia
Magnética do Atlântico Sul
Se Desloca e Cobre Todo Brasil
Terça-feira, 4 out 2016 - 09h47
Um novo mapa mostra que a anomalia magnética está
centrada sobre São Paulo, se deslocando suavemente em sentido noroeste. Além
disso, sua área de atuação está cada vez maior e já cobre todo o Brasil e
atinge a costa do continente africano.
Os dados para elaboração do estudo, publicado
recentemente pelo Journal Space Weather Quarterly, foram coletados pelos
satélites de orbita polar do programa militar DMSP (Defense Meteorological
Satellite Program), que registraram os prótons de alta energia a uma altitude
de 800 km.
O Que é Anomalia Magnética do Atlântico Sul?
A Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS é uma espécie
de depressão ou achatamento nas linhas no campo magnético da Terra acima de
toda a América do Sul, mas é mais pronunciada no Sudeste e Centro-Oeste
Brasileiros.
Sua causa é o desalinhamento entre o centro do campo
magnético e o centro geográfico do planeta, deslocados entre si por cerca de
460 km no sentido sul-norte.
Cinturão de Van Allen
A AMAS foi descoberta em 1958 e não é fixa. Seu formato e
dimensões sofrem alterações ao longo do tempo, principalmente devido ao
deslocamento dos polos magnéticos aliado ao enfraquecimento do campo de modo
global.
Devido ao campo magnético ser mais fraco, as partículas
vindas do cinturão de Van Allen se aproximam mais da alta atmosfera desta
região, o que torna os níveis de radiação cósmica em grandes altitudes mais
altos nesta zona.
Embora os efeitos na superfície sejam praticamente
desprezíveis, já que a atmosfera bloqueia a radiação, a AMAS afeta fortemente
satélites e outras espaçonaves que orbitam algumas centenas de quilômetros de
altitude.
Satélites que cruzam periodicamente a AMAS ficam expostos
durante vários minutos à intensa dose de radiação e necessitam de proteção
especial. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, é dotada de um escudo
especialmente desenvolvido para bloquear as radiações.
Novo Estudo
O estudo revelou que a AMAS está se deslocando cerca de
0,16 grau ao ano em sentido norte e 0,36 grau no sentido oeste e atualmente é
mais intensa acima do Estado de São Paulo, mas inclui grande parte do Paraguai,
Uruguai e norte da Argentina.
Mapa mostra os contornos de atuação da AMAS,
atualmente centrada sobre a Região Sudeste
do Brasil, notadamente sobre São Paulo.
|
O estudo também mostrou uma variação sazonal: na média, a
AMAS é mais intensa nos meses de fevereiro e entre setembro e outubro. Um
desses máximos coincide com o equinócio, mas os outros não e isso não é
perfeitamente compreendido pelos autores da pesquisa.
Segundo o paper, o ciclo solar influi no padrão e
intensidade da AMAS e revela uma anti-correlação com as manchas solares.
"Durante os anos de alta atividade, sem emissões de
matéria coronal, a intensidade da radiação que atinge os satélites é mais baixa
que nos períodos de baixa atividade", disse o cientista Bob Schaefer,
líder do estudo, ligado ao Johns Hopkins University Applied Physics Lab.
O trabalho de Schaefer vai ao encontro do resultado
obtido através da constelação de satélites, que em 2015 revelou que mudanças
importantes no campo magnético da Terra estão acontecendo, entre elas uma
possível dispersão da AMAS e o possível enfraquecimento sobre o Brasil.
Fonte: Site Apolo11 - http://www.apolo11.com/
Comentários
Postar um comentário